sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Efeito borboleta: o poder de fogo da internet

Está em todos os jornais, nas timelines de milhares de twitters, nas tevês e rádios, incomodando o sono de muito assessor de imprensa, embaixadores e lideranças políticas. O WikiLeaks, uma organização que se propôs a divulgar informações sigilosas sem lucrar com isso, tem causado um verdadeiro tumulto nas relações dos Estados Unidos com uma série de países-chaves, tais como Irã, Coréia do Norte, China, Brasil, Venezuela, França entre dezenas de muitos outros.

Os dados divulgados pelo site são trocas de informações entre embaixadores do governo americano, uma espécie de conversa mais informal sobre os países que eles visitam ou conhecem. O fato de posicionar o governo americano sobre determinado país, usando palavras não muito agradáveis não é recriminável, na minha opinião. Difícil, pra mim, é achar que informações como essas, trocadas por emails, não fossem vazar a qualquer momento.

Julian Assange, fundador do site, é uma pessoa com um perfil no mínimo interessante e muito louco, diga-se de passagem, porque ele comprou uma briga imensa com o governo americano, ainda a maior potência econômica mundial. Por conta disso está recluso, sob a justificativa de ser procurado por crimes sexuais, tais como transar sem camisinha.

Esse australiano tem causado a ira dos poderosos por divulgar informações verdadeiras, pasme. Não foi ele que escreveu esses 250 mil documentos; não foi ele que criticou um ou outro líder político; não foi ele que agiu com total falta de ética ao encobrir alguns crimes de empresas reconhecidas mundialmente. Assange está pagando um preço alto por colocar na mídia a sujeira escondida embaixo do tapete yuppie. Aliás, muito bem escondida, tanto que a grande imprensa dificilmente levantava suspeita sobre alguns fatos.

Ele mesmo, em um artigo que li no Observatório da Imprensa, afirma que o WikiLeaks cunhou um novo tipo de jornalismo: o jornalismo científico. (o texto completo está aqui http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=619IMQ015). Essa forma de divulgar informações corre por fora das grandes mídias e é muito mais crítico.

E um jornalista crítico vale muito, mas muito mesmo. Ele vai checar e re-checar as informações, vai questionar a si mesmo, vai além nas perguntas, vai incomodar nos questionamentos. Ajuda muito quando ele tem conhecimento sobre o que fala. Agora, sejamos honestos: qual a proporção de profissionais com esse perfil?

Me especializei em jornalismo científico na Unicamp, este ano, e reconheço que a base para o desenvolvimento dessa vertente é a internet. Blogs, fóruns de discussão, revistas online e newsletters tem se mostrado terrenos muito mais férteis para reflexões críticas. São territórios “livres” e gratuitos. Discutir um fato, pesquisar o histórico dele, desconfiar de pesquisas e sempre dar um Google para confirmar informações é um procedimento básico nosso. Isso confere credibilidade a informação divulgada.

O dilema do novo assessor de imprensa.

Olha isso: eu trabalho do outro lado da moeda, no campo da assessoria de imprensa. Defendo o interesse das empresas, que na maioria das vezes é o lucro. O paradigma aqui é sempre expor só o que é bom, nunca o que é ruim. Porém, com uma visão mais ampla, é possível dizer que nem sempre há notícias boas para se dizer. Sites como o WikiLeaks vão brotar constantemente, e no âmago destes veículos está levantar a poeira escondida.

E eu como assessora, como fico? Minha opinião: assessor de imprensa tem que estar preparado o tempo todo para crises como essas. Tem que estar preparado para dizer a verdade e conscientizar seu cliente de que a verdade vai prevalecer sempre, doa a quem doer. Contemos sempre com o fator ruído, inerente a comunicação empresarial.

Isso obriga as empresas a andarem na linha, isto é, se quiserem manter uma posição de respeito perante seus consumidores. Ao ignorar a verdade e impacto de sites como o WikiLeaks ou blogs sobre consumo o empresário corre o risco de ter sua credibilidade ferida, e confiança é igual cristal, quando quebra...

Não dá mais para enganar o consumidor do século XXI. Ele vai reagir, vai falar, vai procurar a imprensa, o PROCON, os seus direitos. Na internet ele vai comentar num blog, no twitter e no facebook dele o quão tal empresa agiu mal. E cuidado, assessores, ao se fecharem para os pequenos questionadores. Juntos eles fazem um escândalo. Efeito borboleta, conhece?

Esse assunto rende mais e mais posts, mas por hoje vou me atentar apenas ao seguintes pontos: crítica no jornalismo fomenta a verdade, porém, deve ser uma crítica embasada, comprovada. A internet nos dá acesso para uma ferramenta essencial à crítica: a pesquisa. Jornalistas: pesquisem sempre, além do que vocês fariam normalmente. Falta tempo? A internet ajuda muito nisso.

Empresários: atentem ao poder de fogo da internet e o impacto fortíssimo que ela gera. Investir na comunicação mais direta com o consumidor via redes sociais, sites ou ouvidorias é um passo inovador e pode gerar um resultado positivo, pois mostra que a empresa está aberta ao diálogo com quem compra seus produtos. É a quebra de um paradigma e por isso, leva um tempo para ser assimilada, mas vai se tornar regra. Acredite.

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terça-feira, 23 de novembro de 2010

Crítica musical no Brasil: o que lhe falta em talento, sobra na soberba.


They don’t really care about our opinion. Para mim essa frase resume tranquilamente a postura de alguns críticos musicais brasileiros (não posso falar dos estrangeiros, mas os poucos que vejo no pitchfork.com são agradáveis) sobre seus comentários a respeito dos diversos shows que aconteceram este ano no Brasil. A arrogância fica estampada nos textos ou posts de uns e outros aí que recebem uns convites para visitar festivais aqui e no exterior, ou menos ainda, ficam vendo tudo do pay per view deles, em casa.

Já vi crítico dizer que o SWU foi ótimo do sofá da sala dele, outros dizerem que o Planeta Terra nem merecia a saída dele de casa ou que o Paul MacCartney teve um fail ao escorregar do palco. Gente, por favor, procurem ser mais agradáveis porque a gente percebe cada linha de soberba.

Tem uns deles que atacam de DJ ou insistem em indicar bandas que só eles acham um must! Já me peguei caindo em verdadeiras ciladas musicais ao seguir a dica de um aí. No blog dele o cd era incrível e quando fui ouvir... My god, que medo! E aqueles que só acham incrível a banda que repete a mesma fórmula dos anos 80? Ahahaha, tem que rir de um desse.

Acho que os críticos de músicas estão mais presentes na rede 2.0, ou seja, são eles, os próprios consumidores das bandas, que estão fazendo ótimas críticas musicais, até mais imparciais (mesmo que isso seja um pouco mais difícil, porque é a paixão que move o cara a escrever sobre isso). Nada mais justo e acolhedor.

Ainda que essa profissão resista à nova geração dos críticos musicais mais low profile, eu arrisco a dizer que a função crítico musical deixou de ter um peso realmente relevante. Com a quantidade de música para tudo quanto é gosto, fica difícil você massificar uma opinião sobre um disco, um artista.

Neste fim de semana estive na edição 2010 do Planeta Terra. Estavam ali 20 mil pessoas que buscam e conhecem seus artistas pela internet, pesquisando referências as vezes periféricas ou com os amigos mais próximos, que conheceram através de outros amigos e assim por diante. Amigos que fizeram no intercâmbio, que conheceram pelo Facebook, gente que se conhece no reduto indie recheado de baladas pequeninas, mas intensas.

Eu mesma conhecia todas as bandas do line up e nenhuma foi indicada por um site de crítico ou apareceu num programa de rede aberta! Vi muita gente cantando letra de música que nem é veiculada em rádio ou programa de TV. Aliás, essas músicas a gente baixa pela internet, pagando ou sorrateiramente, contudo, pela internet.

Não vou nem entrar aqui no assunto business; estou falando de estar antenado com seu público, algo que os artistas fazem muito melhor do que qualquer um desses.

Deletem todos os críticos musicais dos seus favoritos ou produtores que se acham um must. Ouse opinar você mesmo sobre o que gosta e jogue na rede! Compartilhe mais informações, ouçam coisas novas, revivam os clássicos. A internet nos permite ser livres nesse ponto: em termos nossos gostos musicais independente deles serem desconhecidos ou populares.

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PS: cena indie, obrigada por ser cada vez mais intensa.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Jornalismo e internet: como ser flor de lótus no meio da porcariada internética?

Mexeram no meu paradigma de comunicação e jornalismo. E isso me agradou muito.

Há alguns anos atrás, durante a minha formação mesmo, minha atenção comunicacional era voltada quase que inteiramente para o jornalismo impresso, no máximo o televisivo. As aulas abordavam uma realidade quase que velha, mas era o que tinha para a janta.

Lá atrás não se imaginava, creio eu, a junção das mídias, dos próprios profissionais que atuam nesse nicho com agentes noticiadores - pessoas comuns que usam os recursos das mídias sociais (que sempre existiram, mas em plataformas diferentes, que foram se adaptando para se tornarem mais interativas). Ainda se alimentavam sonhos como ótimos salários e uma carreira promissora na TV (porque diabos todo mundo queria ir pra TV?!? Visibilidade, ficar famoso!?).

Na conclusão de curso, a mídia online me seduziu forte. Apostei, com mais duas grandes amigas, na criação de um portal online. Não lembro quem surgiu com ideia, acho que eu e a Lidianne. Depois comentamos com a Laís e, por um meio aqui e outro lá, criamos um site para o público feminino. Me arrependo por não ter levado a ideia a diante, seria um belo portal hoje.

Aí eu me formei e caí direto no jornalismo online, terreno abordado com muita pouca destreza pelos meus dignos professores. E nem havia como criticá-los, porque muitos deles vinham de uma convivência de comunicação muito menos dinâmica e ainda não reconheciam o potencial real da internet.

Numa pequena redação do Midiamax, sob os olhos do regente Daniel Pedra, aprendíamos a fazer jornalismo em tempo real, sem firula no lead, sem as nuances do jornalismo apurado, e despertador de uma criatividade para manchetes sem precedentes.

O online em Campo Grande, assim como no mundo, passou a pautar os grandes jornais...

A internet ganhou um papel extremamente importante na comunicação, impossível de ser ignorada no jornalismo.

E o que eu vejo hoje, no jornalismo que vivenciamos:

*o jornalista não é mais dono da reportagem, feita e investigada por ele; em boa parte das notícias, a fonte são blogs, twitters, facebooks, que passam a notícia de maneira tão ágil que não há como competir (quem manda a “pauta” está, de fato, no lugar onde o fato acontece);

*o receptor das informações não é mais o passivão dos anos 90, 80 e daí pra trás. Agora ele opina mais, gera conteúdo, protesta (e a sua empresa precisa de um espaço para ele se manifestar). O receptor hoje causa;

*o mercado da assessoria de imprensa quer em um só cara, um profissional que seja jornalista, publicitário e relações públicas. Além de assessorar a empresa, o jornalista precisa produzir conteúdo, interagir com o receptor, criar novas formas de aproximação entre o assessorado e o público, vender a informação, e vender bem;

*quem diria, mas o jornalista de internet, aquele serzinho que ninguém dava muita bola, virou um cara importante e que sabe, como poucos, o que realmente o leitor quer – notícia objetiva, um pouco curta, em cima da hora, ao mesmo tempo atraente e apurada; Aliás, ele está inserido no meio que retém muuito a atenção do leitor.

* por incrível que pareça, mesmo com tanta gente falando abobrinha na internet, os melhores sempre se sobressaem.

*a internet oferece recursos que medem acessos, ou seja, é fácil saber do que o público gosta. Nem preciso dizer que os jornais espertos se atentam a isso e elaboram todo seu conteúdo com base nesses dados. Surprise? Not.

Durante as palestras do MediaOn, evento ótimo transmitido inteiramente online, algo ficou muito visível – torna-se primordial saber que a qualidade vai superar sempre a quantidade. Lidar com a gigantesca gama de opções e disputar a atenção do receptor dá um trabalho imenso, no entanto é recompensador. A qualidade da informação passa a ser moeda valorizada. É nesse lixo todo que a flor de lótus jornalística vai se ressaltar.

Acho que o grande desafio já não é mais se adaptar a internet, como foi há dez anos atrás. A adrenalina do jornalismo e da comunicação é interagir com o receptor, uma figura antenada, que se torna cada vez mais crítica, até ácida as vezes. Só assim para saber o que ele quer ver! Cada vez mais a redação do jornal vai se aproximar do seu consumidor e isso implica na utilização das mídias sociais, ótimas para essa aproximação.

Qualidade, interação, convergência de mídias, compartilhamento de informações. E pensar que esses elementos fazem parte da nova cartilha jornalística. A gratuidade também conta pontos...

É, jornalistas, baixem a bola... Não somos mais os únicos a passarem notícias ou reter informações bombásticas. Nem nosso diploma vale mais...

Mas podemos fazer um jornalismo mais inteligente, apurado, criativo, e claro, interessante. Basta que a gente não ignore o “ao redor” (leia-se público).

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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

29º Bienal de SP - conquistou mais uma fã.


Vamos lá! Sumi alguns dias, porém, por bons motivos. Um deles me deu o prazer de ir até a 1º Bienal de Arte em São Paulo.

Há anos não ia à uma grande exposição de arte. As últimas que me lembro foram em Londres, do Salvador Dali, as margens do Tamisa, ou em Amsterdam, no Museu Van Gogh. Foi ali que adquiri o gosto por observar, ainda que de forma leiga, a arte.

Estamos com uma bela oportunidade de ver variados tipos de arte em São Paulo, no parque do Ibirapuera, e o melhor de tudo: grátis, até o dia 20 pouco de dezembro. (vejam aqui a programação www.29bienal.org.br).

Logo de início me deparo com uma frase que sempre me trará à memória Suene, uma grande amiga que fiz em Campinas - Há sempre um copo de mar para um homem navegar, do poeta Jorge de Lima, em sua obra Invenção de Orfeu.

Em seguida, há uma breve explicação da intenção da Bienal: a arte e sua mistura com a política, o que, na minha opinião, deixa tudo mais interessante.

Com três andares e mais um pavilhão que não consegui ver, a bienal é recheada com obras de vários artistas latinos americanos e alguns europeus, indianos, american dreamers, japas e todo restante. São três andares e vários terreiros com nomes sugestivos: Dito, não dito, interdito; O outro, o mesmo; Longe daqui, aqui mesmo; Eu sou a rua; Lembrança e esquecimento e A pele do invisível. Demais, né?

Não peguei a época dos urubus, mas outras cenas ficaram marcadas – logo no primeiro piso há uma estrutura feita com jornais, um anarquismo muito bem organizado. Me chamou atenção um logo escrito OFF, sendo que o O era o símbolo da UNICEF ( United Nations Children's Fund). Não quero questionar a credibilidade do órgão, mas a crítica fez sentido.

Achei um pouco pobrinha a intenção do “Longe Daqui, Aqui Mesmo”. Uma construção de alguns cômodos, sem pintura, com paredes cheias de prints da Yoko Ono (Uberchata), algumas lombadas de livros famosos, grafias com a frase “Seja marginal, seja herói", do Hélio Oiticica (ai, que anos 70, senhoooor). Um mais do mesmo que faz a galera de arte ouvir que eles são uns chatos engajados

Mas a coisa melhora, e muito, no ao redor. O lugar, além de muita arte pra se ver, tem arte pra tocar, ouvir, sentir. São cavernas para se perder, pedaços de tecidos que formam um labirinto colorido, um lindo círculo com pecinhas de metal estranhamente firmes, sob linhas, atraídas por uma grande superfície de imã. E vídeos, muitos vídeos. Gostei de um sobre um casal de peças circulares, como aquelas onde ficam as correntes das bikes, sabe? A história me remete à trama Travessuras de uma Menina Má...

E o jornal Rex Time, de 1966!!! Como é bom ler autores irônicos e irreverentes. Aquilo é uma aula pra quem está afim de ter comentários ácidos e bem humorados.

Passa-se por muita coisa até chegar ao 3º piso, estampado por grandes murais que retratam o desejo de muita gente neste mundo: matar um grande líder político. O cidadão retratado (o próprio artista Gil Vicente) em todas ilustrações é um cara comum, com aparência de pai de família, trabalhador, classe média. E ele está ali, cansado, farto da ignorância política, e com um arma apontada para o Lula, pro FHC, pro Ahmadinejad, Obama... nem o Mandela escapou.

Também há uma série de vídeos e fotos de guerras, essas guerras inúteis como invasão do Iraque, a caça ao Bin Laden, alguns conflitos entre traficantes e polícia. Difícil, mas mesmo com isso estampado na nossa cara, tudo parece normal. Estaremos vacinados contra o choque que esse tipo de imagem causa? É provável que sim.

Porém, nada me fez ficar tão emocionada quanto a pequena orquestra Escola de Música do Auditório Ibirapuera, que entrecortava todo espaço da Bienal, tocando Bolero, de Ravel. As pessoas seguiam o som, achavam os músicos, e de repente, no meio da caminhada, eles sumiam! E eu, como os 30 que estavam ali, ficamos procurando a orquestra, e pá!, eles apareceram de novo, do outro lado.

Não terminei de ver toda mostra, e retornarei em breve. Quem vai também? Quem foi, conte pra gente o que achou!

PS: anônimo, cumpri o que disse! =)

Aliás, uma reclamação: seguranças e guias PRECISAM entrar num acordo quanto a contemplação das obras. Se você chega perto muito perto de uma obra ou chega a tocá-la, os seguranças gritam com você, dizendo que não se deve por a mão. Daí você passa no mesmo lugar, minutos depois, quando tem um guia, e eles te liberam pra tocar as obras à vontade.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Músicas para correr, malhar, se acabar e ficar delícia!

Quem pratica sabe: fazer exercício com música é mais agradável. E não só isso: ela age como um motivador, anima e pode auxiliar nos compassos da corrida. Lá na Inglaterra, o psicólogo do esporte Costas Karageorghis, que é ligado à Universidade Brunel, comprovou – através de uma pesquisa que dura pra lá de 20 anos – que a música contribui com o esporte. Ela traz ritmo e em algumas vezes rolam até mensagens associativas que motivam.

Bom, de acordo com as informações deste psicólogo, as respostas rítmicas estão ligadas às batidas por minuto (BPM) da música e têm a ver com a cadência cardíaca do esportista. Por isso é legal você escolher músicas que tenham um ritmo que se alinhe com seus passos. Numa corrida isso é muito importante.

Segue um trecho de uma matéria sobre este assunto, divulgada no Portal UOL- Ciência e Saúde: “No estudo mais recente de Karageorghis, publicado no periódico Journal of Sport and Exercise Psychology, 30 indivíduos sincronizaram suas passadas a uma música que tinha um ritmo a 125 BPM, com possibilidade de escolhas entre músicas pop e rock. Aqueles que ouviam música tiveram um rendimento 15% superior aos que corriam sem música”.

Por que falar sobre isso? O serviço Blogspot tem um recurso muito bacana de estatísticas, que permite ao dono do blog saber quais são os posts mais visitados. Quando fiz isso no meu blog percebi que o post Setlist de músicas para correr era bem visitado. Então, para vocês que como eu adoram correr ouvindo música (e só a sua, não aquela que toca na academia e desestimula qualquer ser com um pouco mais de bom gosto), aí vão dois setlists caprichadinhos, um Eletrônico e outro Pop/Rock.

Música Eletrônica

Lover – PNAU

Replay – Eletric Youth

I Wanna Be Your Love – NASA

Ao Oui Comme Ça – Chromeo

Needy Girl – Chromeo

Me & My Man – Chromeo

Imma Be – Black Eyed Peas

Out Of My Head - Black Eyed Peas

Rock That Body - Black Eyed Peas

Rollerskate – Matias Aguayo

Ritmo Juarez – Matias Aguayo

None Of Dem – Robyn

Something Like This – Scissor Sisters

Whachadoin? – NASA

Rock/Pop

Locked Inside - Janelle Monáe

Tightrope – Janelle Monáe

All Down The Line – Rolling Stones

Black Tongue – Yeah Yeah Yeahs

Tight Fit – New Young Pony Club

Harder and Harder -The Zutons

Don Gon Do It – The Rapture

1901 – Phoenix

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Na dúvida, opte pelo romance. O literário.

Devido a algumas coincidências faz-se necessária a minha retratação sobre a presença do romance em meu último fim de semana. Antes de mais nada, deixo claro que não há referência aqui sobre algum relacionamento que eu esteja vivendo ou coisa assim. Falo do romance literatura, este que encontramos em uma seção em livraria ou biblioteca.

Momento melhor não haveria para ler sobre o romance. Um sábado, dia de descanso, chuvoso, com um dia frio convidativo e caseiro. Ao passar os olhos sobre minha micro coleção de livros, avistei um exemplar de A Arte do Romance, de Milan Kundera, autor mais reconhecido por A Insustentável Leveza do Ser. Ainda que despretensioso, trata-se de um livro sobre teoria literária, um estilo de literatura tão interessante quanto alguns livros em si analisados.

Diferente do que a gente pensa, romance não é feito só na base do amor. Kundera define o romance como um veículo que alimenta nossa vontade inerente de julgar antes de compreender, mas em partes, pois o romance só vem a colaborar com as incertezas. Um caso muito fácil de compreender essa afirmação – Dom Casmurro, de Machado de Assis. Nessa ótica, trata-se de um ótimo romance, acredito, porque deixa uma grande dúvida no ar: a traição de Capitu foi realmente consumada?

Assim, Kundera cita com freqüência um personagem de Franz Kafka, K., e Anna Karenin, de Leo Tolstoi – ambos serão julgados pelos leitores por suas personalidades e ações interrogativas, duvidosas, complicadas.

Não sou formada em Letras ou Estudos Literários para julgar aqui a complexidade do romance, mas sim para contar as minhas coincidências com ele, certo?

Bem, as ideias de Kundera já estavam me absorvendo, quando percebi que em quase todas explicações dele havia uma menção sobre K., o personagem de O Castelo. Sincronicidade ou não, O Castelo foi o último livro que peguei “emprestado” de meu pai, e trouxe para minha coleção.

Aquela capa não me convencia a lê-lo (ah, as aparências sempre nos enganando). Precisou o Kundera me dizer – É um clássico, pode ler.

E comecei a ler. E simplesmente não parei. A forma como o texto é escrito, sem um início de tempo nem um lugar preciso, sem descrições de como é ou está K., envolve o leitor. Queremos saber até onde vai esse “agrimensor” que parece, em sua própria defesa, estar ali para fazer um serviço, quando o ambiente todo em volta dele duvida disso. O mais genial é que K. não nos dará respostas exatas...

Por alguns momentos pensei: esse cara está delirando, sonhando alguma coisa. Em outras, uau... parece que ele está no lugar certo, para descobrir algo maior. Uma viagem ótima, garanto.

Enfim, não terminei de ler o romance de Kafka, mas em breve isso ocorrerá. E o domingo passou, a segunda chegou. Saí e cheguei em casa por volta de 12h, para almoçar. Liguei a tevê e o que estava no ar? O desenho dos Simpsons. Ok, almoçar vendo isso é até divertido... Agora vem o mais engraçado: adivinhem o tema do desenho? Romance.

Eu ri so-zi-nha. Na animação, Marge questiona Homer: “será que o romance deixou as nossas vidas? Homer, Bart e Lisa, e claro, Marge, dão seus relatos sobre histórias de romance que viveram, só que o mais engraçado é que em todas as situações, os romances deram muito errado. Que será que isso quer dizer, hein?!

Esse é o ponto de vista mais popular do romance, a relação amorosa. Mesmo assim, é possível dizer que histórias de relacionamento danadas, daquelas mais sofridas, são as que mais marcam as pessoas. Logo, o romance é por si só algo complexo e as vezes leva a gente pro bueiro...

Mas na literatura, os ótimos romances não são necessariamente só sobre amor. Eles são mais inquietos, misteriosos, porsupuesto muito mais interessantes.

Fica uma frase boa do Kundera sobre o romance: “Agrada-me pensar que a arte do romance veio ao mundo como o eco do riso de Deus”. Não deixa de ser uma verdade...


Adendo em 07/10/2010 - "Uma humanidade sem romances, não contaminada pela literatura, se pareceria com uma comunidade de tartamudos e afásicos, atormentada por problemas terríveis de comunicação causados por uma linguagem ordinária e rudimentar". Mário Vargas Llosa, Nobel da Literatura 2010.


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quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Dia de visita na casa de Iemanjá

Foto: Praia do Camburi

Umidade relativa do ar quase abaixo de 10%, clima extremamente seco, previsão de chuva só nos extremos do Brasil. Com esse cenário de inverno super favorável eu só pensava em uma coisa: água.

Água pra beber, pra se molhar, pra embalar uma boa diversão. Tive a ideia que é uma das que me prende em Campinas: arrumar as coisas e descer para o litoral. Em Campo Grande esse tipo de pensamento só existe se você se planejar para o fim do ano, Réveillon, data especial.

O local escolhido (pela Grace) foi Camburí, praia de São Sebastião, do lado de Maresias e Toque- Toque, reduto de surfistas. Com tanto blábláblá sobre vida sustentável, saudável e equilibrada, nada como uns momentos em lugares como esse, cheio de gente “saúde”. É como se eu pudesse pagar ali minha cota de “sou da natureza”.

Em São Sebastião a Mata Atlântica ainda é muito presente. Isso reserva boas visões e inspirações. O mar tem uma água transparente e você pode ver os peixes por ali, dividindo espaço para nadar junto com você.

No primeiro dia o tempo não colaborou e só caiu no mar quem realmente tava ali para desafiá-lo. Adivinhem! Sim, eles, os surfistas, divididos entre os paulistanos e paulistas que descem a serra e os locais, que sempre mandam muito bem, desde pequenos.

Da areia, os expectadores aproveitavam para ler um livro, tomar uma cervejinha, comer um petisco ali, outro acolá. A tarde caiu, o pôr do sol nem teve tanta graça e a noite só me convenceu de que uma pequena revistaria em Camburí DEVE se reformar e ser um CAFÉ, que tem tudo para virar hit, bombar, virar tendência! Aliás, dono (a) desta revistaria, parabéns pelos títulos escolhidos. Grande parte dos livros são da Companhia de Bolso, sendo que alguns eu não encontrei nem na Livraria Cultura. Show.

Restou-nos dormir e seguir a rotina dos surfistas no dia seguinte: acordar cedo, tomar um café da manhã reforçado e cair no mar cedinho, às 8h. Na boa? Quero sempre fazer isso. A maré mais baixa (geralmente isso acontece na parte da manhã) abriu uns caminhos bem legais e deu até para fazer uma pré-escalada e chegar no alto de uma pedra linda, cheia de energia, barulho de onda quebrando, som alto, ecoa.

E dá-lhe a gurizada no surf, caindo, levantando, tomando caldo, fazendo bonito. “Deixar o sol me beijar”, diz a Céu em uma música, e foi isso que fiz. Foi chegando o fim de tarde e a hora de voltar para o noroeste paulista.

Nem preciso dizer algo sobre os congestionamentos da volta, né!? Aliás, tenho alguns recados úteis para vocês:

Garotas solteiras: não marquem... Os caras do surf curtem ondas, waves, back doors, back sides, back washes, drops, floaters e não encher a cara na balada para se arrebentarem na manhã seguinte. Se querem conhecer esses gatinhos vistam a camisa do saudável que sempre cola.

Consumistas: vestidos, batas e objetos de decoração praianos só ficam bonitos na praia, varanda, quintal ou área do jardim. Na vida normal, urbana e cosmopolita vira artigo de neo-maculelê.

Trânsito: se em um fim de semana básico a gente levou 4h30 de São Sebastião a Sampa, imaginem nos próximos feriados!!! Revejam as datas de chegada e saída, galera, para não gastar todo alto astral conquistado na praia.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Ãhn? sertanejo universitário? Tá bom...

A moda do sertanejo universitário tomou a cidade que nasci, Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Quem viu Goiás como a maternidade de duplas, esqueça. O criadouro agora está em Big Field.

Estive lá há alguns dias atrás e me deparei com uma forte competição entre carros de sons de políticos e carros com propagandas de duplas. Isso está rolando desde que apareceu a febre do tal Luan Santana e Victor e Léo (eu admiro o Luan por um motivo bem óbvio e ele faz sucesso, sozinho, dando à cara a tapa. Os outros dois são bonitinhos, mas de Minas).

A ideia de fazer esse post surgiu de uma conversa com a Suene, que levantou a questão: “Por quê se referem a esse estilo como sertanejo universitário sendo que Campo Grande não é referência em universidade?”. Vou tentar entender, Su.

Numa busca bem simples pela internet eu descobri que a classificação “universitária” existe porque estas novas duplas ou o carinha sozinho deixaram o sertanejo mais moderninho, mas mantiveram as raízes deixadas pelas antigas duplas. A classificação pegou bem e inventaram até um site específico para esse estilo.

Quem não gostava diz que agora gosta, porque a música é boa de dançar; quem já gostava se farta de tanta opção, e quem não gosta de jeito nenhum se ferra. Sim, se ferra pelo menos em Campo Grande. Por mais que os amigos queridos alternativos mostrem todo charme do Bar Fly (com suas bandas de rock e indie), a grande maioria transformou a cidade num grande evento sertanejo.

As baladas eletrônicas se reduziram muito, os bares oferecem covers só de duplas (a pobre MPB do Djavan está até meio esquecida), ou alternam pagode e sertanejo universitário.

Para mim, pessoa que ama música indie, eletrônica e alternativa, é quase um martírio procurar um lugar para ir dançar em Big Field. No fim de semana em que estive lá desisti da balada antes de tentar.

O fato é que talvez isso leve um tempo para passar, porque a fórmula rende muito. Por ser um estado altamente agrícola e pecuário, o Mato Grosso do Sul só tende a valorizar ainda mais esse movimento cultural. Ficam de lado todas as outras vertentes musicais.

Uma pena.

PS - Segundo a minha amiga Silvia, essa onda começou há tempos e alguns sertanejos tem faculdade, ainda que isso não tenha correlação com a denominação do estilo musical.

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quarta-feira, 23 de junho de 2010

Meu set list atual.

Vira e mexe eu procuro músicas bacanas para me exercitar e acabo encontrando coisas legais. Por que não passa-las a vocês? Aí vão as preferidas!

Para início da corrida, uma caminhada que vai acelerando conforme as músicas:

Sing – Four Tet
The Phenomenal Handclap – 15 to 20
None of Dem – Robyn
Its not my fault (Its my fault) – Discovery
Pap Smear - Crystal Castle
Tight Fit – New Young Pony Club

E quando a corrida já está no auge:
P.I.G.S – Holy Fuck
SHT MNT - Holy Fuck
Royal Gregory - Holy Fuck
What you need? – Tiga
Goth in the Disco – Just Jack
Smoking – Bag Raiders


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terça-feira, 8 de junho de 2010

O que eu vejo no futebol.

Por quê eu decidi que realmente gosto de futebol? Vou dizer e é bem simples. Como mulher eu reconheci nesse esporte uma ótima vasão para os sentimentos de ódio ou felicidade. É simples: se seu time perde você vai se sentir um pouquinho para baixo, um pesarzinho de perder um jogo, às vezes uma verdadeira tristeza. O dia começou mal? - Pois é, meu time perdeu. Pronto, e ali está um motivo compreensível de menos “alegria” social, digamos.

Se o time ganha... O dia fica melhor, a gente se anima, sente o gostinho de vencer, mesmo que os outros é que tenham feito isso por nós. A gente tem motivo para brincar com metade das pessoas que conhece (sim, porque 50 por cento da população tem seu time preferido, mesmo que seja por conta de uma camisa mais bonita ou do craque que migra torcedor para onde joga). De alguma maneira o sorriso, naquele dia, vai ter a opção de sair mais fácil. Esses são os motivos primários.

Eu também passei a gostar do futebol por ser um esporte – me desculpem meninas – composto basicamente por homens, e eu não sei vocês, mas eu acho beeem legal ver uns jogadores que estão por ai nos campos fazendo seu trabalho. Sem contar que futebol tem um quê de ser um esporte para quem tem talento de brincar com a bola, uma tarefa que eu acho super difícil. Imagina ter habilidade para correr com uma bola num campo de grama, driblar, dar passe correto, enfrentar jogador adversário marcando cada passo e ainda, como se fosse a coisa mais normal do mundo, marcar gol!!! É admirável quem faz isso! Ah, e a parte de jogar no frio, na chuva, sob um sol escaldante? Sem chance, né?!

E eu não sei explicar a razão, mas qualquer esporte assistido por uma multidão – estou contando para vocês a minha paixãozinha pelo futebol profissional, o amador é outro caso – provoca uma reação emocional de euforia, preocupação, fé, alegria, raiva, orgulho... É uma bomba atômica biológica! Eu acho que faz bem para o coração.

Agora chegamos na parte do time, que é muito importante e exige uma firme decisão, portanto, é necessário fazer a escolha do coração (vê como está tudo ligado a emoção?). Veja bem: você vai optar por uma bandeira, um time que representa sua torcida, seu envolvimento. Você vai assumir essa relação diante dos outros, ao menos que seja jornalista esportivo e não fale disso por questões profissionais. Você vestirá a camisa do cara que representa toda garra e luta da equipe que faz você se emocionar, mesmo que diante de uma tela de televisão ou computador. É uma baita responsabilidade com você mesma (o).

A saber, torço, sofro e sorrio pelo São Paulo Futebol Clube, por convicções pessoais e convivências familiares com pai, dois irmãos e três sobrinhos, todos são-paulinos, em diferentes escalas de envolvimento.

Daí, depois disso tudo, vem me dizer que futebol é esporte chato, parado, monótono. Bom, aí eu já não posso fazer nada para convencer alguém tão convicto de que algo não o interessa. Uma pena que, em vida, deixou de sentir emoções tão simples e acessíveis. Há!

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terça-feira, 4 de maio de 2010

O Livro das Vidas - Obituários do New York Times

E aí, pessoas, como vão?! Sobrou um tempinho entre o trabalho e a pós para escrever aqui. Na verdade o que me trouxe foi o genial Livro das Vidas- Obituários do New York Times. Mesmo com um título um pouco fúnebre o livro merece atenção, principalmente dos jornalistas que devem aprender a produzir textos mais criativos. O NY Times tem um seção que atrai muitos leitores, é a de obituários. Ali os jornalistas procuram passar, logo no primeiro parágrafo (nosso amiguinho lead), um resumo de quem deixou a vida e como isso procedeu.

Tem a vida do Calvin Klein dos trajes de astronautas; a incrível história da bióloga que trabalhou sozinha e fez descobertas tão importantes para a biologia que se equiparou a Mendel; a senhorinha que recebia U$S 4 mil por ano e que ao se aposentar passou a investir na bolsa - no fim, sua fortuna estava avaliada em U$S 22 milhões, devidamente doados a uma escola para meninas judias; o processo de perda de um líder de Chinatown; o rapazinho que inspirou os personagens beatnicks do Jack Kerouak; ou o inventor do cheeasecake mais famoso de New York, enfim... são histórias de pessoas que em vida fizeram, de alguma maneira, uma diferença, mas que por conta do excesso de informação acabaram sendo esquecidas.

A leitura é deliciosa, pois além de bem feitos os textos são divididos em contos, então dá para ler sem estresse para acabar. Interessante notar, e isso está nas anotações do querido Matinas Suzuki - responsável pela organização dos textos - as expressões usadas para definir as personalidades, sem que haja um tom ofensivo no texto. Por exemplo, uma pessoa sociável era na verdade um baladeiro! Um homem extremamente confiável para as mulheres: gay. Isso acaba gerando uma espécie de conforto aos familiares, que veem o texto como uma última homenagem.

Terminei o livro em dois dias, isso porque só tenho a noite para ler. Do contrário terminaria em um dia, sem perceber. É uma dica bem legal. Comecei esta semana Hiroshima, de John Hersey, outro clássico do jornalismo literário. Ao terminar este vou seguir o conselho do amigo Pedro Couto (saudade!)e ler Ficções, do Borges. Por sincronicidade, um dos contos deste livro parou em uma aula no Labjor...

Deixo aqui meu agradecimento especial ao Matinas pela atenção que me dedicou e aos livros que me presenteou. Um super abraço ao meu ídolo no jornalismo literário, ao ladinho de João Moreira Salles.

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terça-feira, 27 de abril de 2010

Pensando...

Queria entender, sabe. Há milhares, bilhões de sentidos e coisas que não faço ideia que existam ou sejam aplicáveis. Assim como há centenas de sentidos para atitudes e frases ditas. Há dezenas de pontos de vista sobre uma ação e pelo menos sete justificativas para cada fato ocorrido.

Não incomoda minha ignorância diante do que acontece ou chega até mim. Quando é possível tento entender o que ocorre, mas nem sempre essa lógica se aplica. E aí entra a minha imaginação, presa as minhas concepções terrenas e ao mesmo tempo leve o bastante para ser desprendida de posturas pré-determinadas.

Por isso, seres de luz que habitam o universo que me rodeia, sejam claros com a Pat. Se não entendem minha postura ou estranham perguntem, sempre respondo. Se eu não entender as ações vindas de vocês, não duvidem, vou questionar.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Reggae sim, e por quê não?!

É sempre bom escrever após um fim de semana. Nele muitas coisas acontecem e se sobressaem as circunstâncias nas quais os fatos ocorrem. Enfim, tive um reencontro que me trouxe um pouquinho de Campo Grande em Campinas, onde reuniram-se amigos de longa data e novos integrantes. Assim que revi minha amiga Laís não acreditei. A possibilidade de tê-la aqui era quase remota, ou pelo menos pequena. Laís é uma garota incrível, como amiga, pessoa e mãe. Revi também a Mari e o André, mais conhecido como nosso Ceará. Engraçado que conheci esses dois em momentos distintos, A Mari na faculdade, por conta da Laís, e o André como vizinho de uma prima e depois como meu vizinho. Hoje eles são casados!

Juntar essas três pessoas aqui foi um revival dos melhores anos que tive em Campo Grande. Tudo isso ao som de reggae. Sim, e é por este motivo (não esqueci, Mari), faço esse novo post. Ouço reggae há muitos anos, como muitos de vocês que me lêem agora. Sempre tive um amor cativo pelas músicas do Bob Marley. Basicamente, meu primeiro cd foi o Legend, depois do Jagged Little Pill da Alanis, claro. Vejo o reggae como um apaziguador de emoções e vira e mexe recorro a ele para acalmar alguns pensamentos e medinhos que crio. Bandas como o Natiruts passam mensagens bem verdadeiras em suas letras, mais inteligentes do que muita dupla sertaneja e hits de carnaval.

São poucas as pessoas que gostam desse som e alguns mantém um certo preconceito contra quem abraçou a causa como tantos outros o fazem, a saber: indies, rockers, pagodeiros e o pessoal do samba-rock. Por quê preconceito com os reggaers? É deveras infantil e arcaico pensar que todo mundo que curte reggae é maconheiro, é lesado e só fala quase parando. Essa galera toda que citei acima gosta de reggae, como eu, e são exemplos de pessoas competentes em suas áreas e como cidadãos. Bob Marley mesmo foi um cara que musicou a igualdade entre as pessoas, o respeito. Pena que nem sempre essa mensagem foi entendida.

Não vou me estender muito nessa discussão porque eu não sou do movimento legítimo, mas deixo aqui meu respeito a todos que produzem reggae de qualidade. E você que não gosta, apenas respeite. No encontro que tive sábado as pessoas estavam ali por gostar do som e ouvir todo mundo cantando as músicas foi muito gostoso. A energia positiva rolou solta...

quarta-feira, 7 de abril de 2010

No fim de tarde, minhas reflexões.

Passou o feriado e eu posso dizer que estou com a consciência tranquila, pois não me acabei nos chocolates e não fui convencida pelo capitalismo chocolativista. Pude aproveitar companhias que são um deleite para meus dias livres. Há pessoas que são as melhores para dividir uma, duas, três e quantas mais forem cervejas no bar. Estive com elas (e eles). Há aquelas que deixam saudade com uma mistura de vontade que não sei bem de onde tirei, mas sinto. Essas não pude reencontrar, portanto a saudade persiste.

Dentre tantos tipos há aqueles que te fazem sentir em casa, mesmo que seu lar esteja há muitos quilômetros de distância. Essa é a minha amiga que semanalmente vejo para discutir a problemática do nosso cotidiano.

Tenho a sorte de ter companhias de longo tempo que me visitam quando podem. Viajam de Campo Grande, de Sampa, até do exterior para me verem. Se pudesse dizer a todos estes a importância que tem na minha vida faria declarações de amor.

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quinta-feira, 1 de abril de 2010

Tom Wolfe inspira.

Consegui me encontrar nos trabalhos da pós, amém! Alguns estão encaminhados já, ou seja, com o caminho traçado. O grande prazer de tudo isso foi encontrar um livro muito bom - Radical Chique e o Novo Jornalismo, de Tom Wolfe. Incrível como ele descreve os ambientes, as pessoas, o climax da década de 60 e os Rollings Stones (as descrições sobre Mick Jagger são ótimas). Estou a caminho da história do jornalismo literário... Assunto delicioso para momentinhos só meus.

terça-feira, 30 de março de 2010

E no sábadãããõ...

Eu e meu parceiro queridissimo Gabriel, que só me abandona em caso de muito cansaço - e eu entendo isso perfeitamente - nos jogamos na balada indie-alternativa. Sim, porque Campinas tarda, mesmo que falhando, mas ainda assim oferece alguma opção fora do eixo Cambuí- Barão Geraldo.

Balada com preço legal, muuita gente novinha de tudo mas com uns estilinhos bacanas (lembrando a Augusta em noite de sexta). Foi bem bacana sair de lá cansada de dançar, com o cabelo preso de tanto calor. Curti mesmo!

E de brinde reencontrei um carinha bem bacana, que me proporcionou agradável surpresa. Beijos pra ele.

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sexta-feira, 26 de março de 2010

Sigam a sexta-feira!

Sexta, que maraviiilha! Eu amo a sexta-feira, sério! É praticamente o dia mais incrível da semana, aquele que você se liberta das amarras do capitalismo (que atende pelo nome de trabalho - pena que nem todos tem essa sorte). A sexta começa já com aquela vinheta com as melhores cenas da semana no Bom Dia Brasil, embaladas pela canção Dança Espanhola, d'O Lago dos Cisnes, de Tchaikovsky - sim porque eu sou viciada em ver esse jornal logo que acordo. Beleza, ligou o start com um café básico e umas frutinhas.

No escritório o clima já mudou... A gente trabalha até mais feliz, com vontade de detonar a "pilha" de releases que pediram. O almoço pode até ser num lugar diferente do que sempre vamos, pensei na culinária japonesa! E o dia vai findando... Meio da tarde, 15h30, pausa para o café e comentários sobre a cobertura do julgamento dos Nardoni, afinal quatro jornalistas numa sala debatem o quê? Jornalismo. 17h e já deu tempo de combinar pelo msn, twitter e gtalk os próximos passos da noite.

A partir das 17h30 os expedientes costumam terminar. E o som das chaves fechando as salas é quase sincronizado. Sigo o mesmo destino e rumo para casa, na rotina energética de chegar e sair, direto pra academia. O relógio é o que me chama mais atenção. Marca 18h30. Pelas contas conseguirei malhar e fazer a corridinha a tempo.

19h e chego na academia, que já não está tão cheia como nos dias de terça e quarta, quando todo mundo resolve que exagerou no fim de semana passado e tem que recuperar o corpinho para o próximo weekend. 19h30 e o corpo está aquecido, bora puxar os ferrinhos (sim, porque os meus não são pesados, rysos). 20h30 já é hora de fazer mais corrida, que segue até as 21h. Alongamento, tchau professora, tchau colega, tchau quem tá na porta, tchau!

Subir correndo pro apê e com um sorriso incrível pensar: meu fim de semana chegou! Aí sim, vem a parte mais gostosa do meu dia. Escolher a roupa, o perfume, o estilo. A grana, o celular tocando, documento, o celular tocando, a música que embala tudo isso e num volume bem alto.

Interfone: chegaram, te esperam - Pode subir! E lá vou eu pra mais uma noite de sexta... Sobre o sábado eu conto na segunda!

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quarta-feira, 24 de março de 2010

Momento tenso!

Preciso ler mais.
Preciso me informar melhor.
Preciso acompanhar o cenário político nacional.
Preciso manter a crítica.
Preciso ler mais sobre ciência e tecnologia.

terça-feira, 23 de março de 2010

Minha rotina, por tópicos.

- Meu som está no conserto, que pena. Estou há 9 dias sem ele e isso me deixa chateada. O cara quer me cobrar R$ 75 contos para arruma-lo. Meu filho micro system, eu pago. Você é muito importante para mim, viu?!

- Matei a saudade da Carol Caruso e de quebra Camis! Muito bom rever pessoas que tem um papo que flui.

- As aulas no Labjor continuam sendo opacas no conteúdo. Dos meus cinco trabalhos todos estão parados. Que beleza...

- Continuo na academia, quatro vezes por semana, ainda autista. Ouvi dias desses uma que merecia gongada: - Você nasceu com esse fone? Não, por quê? Porque é tão simpática mas não dá pra conversar contigo com esse fone, né?! Resposta interna - Rapaz, quem disse que eu vim aqui pra fazer amigos? Pausa, resposta cortês e que pude falar - Hahaha... Cri cri cri.

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Fechei meu verão com a high society

Sábado passado, último dia de verão nos países abaixo da linha do Equador, fez um dia bem lindo em Campinas. Mesmo com uma ressaquinha já habituê aos sábados fui acordada por minha amiga Camila, que é íntima o bastante para subir no apê sem nem avisar o porteiro. Após o susto, arrumar a mochila; nosso plano: passar o dia na Hípica de Campinas, um dos lugares mais high highs daqui. Fui como convidada dela.

Logo na entrada percebi o nível dos frequentadores: as coroas muito bem trabalhadas na malhação diária, crianças felizes sendo monitoradas por babás vestidas de branco e a maioria das pessoas com aquela cor tostada-puxando-pro-laranja, típica de piscina, não de praia. Tinham também carros incríveis, daqueles que a gente vê em novela, filme, coisa do tipo. Ah, claro: uma rodinha com o que há de mais poser e playboy nessa cidade.

O jeito foi não ligar a mínima para o que acontecia em volta e colocar o papo com minha amiga em dia. A partir daí o dia ficou incrível e pude reparar em coisas mais agradáveis. Até que... chegou a fatídica hora de fazer o social - aquele momento totalmente dispensável dos nossos dias. Juro, foi difícil manter a conversa com as pessoas de "alto nível". Seus papos não me atraem em nada e se resumem em delírios consumistas e programações festivas (ou não) que sempre caem para o lado social. Ali percebi a grande diferença entre ricos de berço e emergentes.

Fica dica: essa coisa de muita cor é típico baianismo. Chique se veste com cores clássicas, tipo azul marinho, cáqui, cinza...

Detalhe: o tom de voz dessa turma é diferente: as meninas parecem que falam com dor de barriga e os caras parecem uns lesados semi-cariocas (falam alto também). A minha paciência foi se ausentando quando me lembrei: tem a piscina ali! Mas por sorte o celular tocou e o papo se dissipou. Enfim voltei a falar com a minha amiga sobre jornalismo literário e planos. E olha que curioso: na hora de pagar o que gastamos uma surpresa: o local não aceita cartões. Mas espera: rico só usa dinheiro e cheque? Que atraso, hein!

O dia acabou com uma chuva delícia, a noitinha, embalada por dvd, jantar delícia e companhias muito agradáveis.

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PS: o lugar, a Hípica, é realmente muito lindo.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Set yourself on fire...

Set Yourself On Fire
Charlotte Gainsbourg

Now come and stand
see the sights and warm your hands
and fan the flame inside of me

Been burning all my life
so come and set my house alight
yeah, come and set my spirit free

Now all is ashes
this moribund parade of asses
so shake it one more time for me

So take these matches off of me
and set yourself on fire

Fire

Coffee at the floor
it seemed just like the day before
the waiter winked and smiled at me

The couple at the bar
he burned his britches, she burned her bra
now somebody has burned the car

Sulphur in the air
and cracks appearing everywhere
don't try to stop it, don't you dare

Now see,
that everything must fall that we may live again

So take these matches off of me
and set yourself on fire

Fire, Fire, Fire

Now it's so clear to me
this bonfire of the vanities
so come on everybody, scream

A purifying flame
and you and I can take the blame
a spirit that cannot be tamed

Now see,
that everything must fall that we may live again

So take these matches off of me
and set yourself on fire

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terça-feira, 16 de março de 2010

Corrida é melhor com rrrock, b-b-baber!!

Até esqueci de falar sobre os sons que optei por ouvir essa semana -

Hercules and Love Affair - o cd tem o mesmo nome da banda: putz, muito legal. Pra quem curte soul e disco music é uma boa pedida, a melhor de 2008 nesse ritmo. Mais uma coincidência entre eu e Gabriel!

The Rapture: Pieces Of The People We Love: esse cd é de 2007 e é muito bacana, de verdade. Pra quem curte o rock com cara de indie e pegada de rock, certamente a pedida é valiosa.

Confesso que correr ao som de rock é muuuito bom. Antes eu aconselhei a música eletrônica, né?! Ah, esqueça isso. Vá de rrrrrock.


PS.: a nova da Estelle, Freak, é manerinha, viu?!

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Leandro: nunca perdido, sempre reencontrado.

Tive um fim de semana (e não final, né, Hélio?! hahaha) incrível de bom, que só foi terminar ontem de manhã. Recebi, desde sexta, um amigo mais que querido, uma pessoa que me conhece bem, mais do que meus pais e parentes. Um pessoa que eu elegi como um dos meus grandes confidentes e ele sempre correspondeu a este anseio. Um cara lindo, cheio de bom humor e alegria, com as piadas que combinam exatamente com o tom de ironia que temos como afinidade. Um cara que me convence a escutar as músicas mais pops do mundo e no dia seguinte elas estão no meu mp3, pra cima e baixo comigo.

Um homem criativo, do bem, com um pouquinho de preguiça (e quem não tem?), apaixonado por comidinhas deliciosas - nossos encontros são marcados pela fartura gastronômica e os deleites alcoólicos. Aquele amigo que tem os melhores perfumes e que deixa a minha casa cheia de saudade sempre que parte de volta pra cidade dele. Ele ainda já me deu alguns prejuízos materiais, como queimar o carpete da sala, queimar uma tomada com extensão, quebrar uma coisa ali ou lá, mas até quando ele faz isso, na mesma hora em que fico P da vida abro um sorriso, porque ele é assim mesmo, meio distraído - como eu.

A única pessoa que me convence a assistir os programas do SBT no domingo e ainda acha que isso é normal! O único que me convence a abaixar o volume da tevê enquanto passa o jogo do São Paulo pra que a gente converse (sério, eu adoro ver o São Paulo jogar, torço por ele, mas até nisso o meu amigo me dobra).

Um amigo que me escuta e muitas vezes é meu terapeuta. Que eu escuto e aconselho. Que só de olhar a gente já sabe o que dizer e até fazer. Esta pessoa, junto com o Hélio que citei lá em cima, formam comigo a Santa Trindade que ainda me traz alívio por ser um pedacinho de Campo Grande por aqui, mesmo que ambos estejam em Sampa.

Leandro, meu querido, poderia relatar muitas outras peculiaridades sobre você, mas isso eu vou guardar pra mim, pra ter o gostinho de saber que te conheço como alguém da família. Eu amo você.


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sexta-feira, 12 de março de 2010

Minha vocação jornalistica científica... ou não.

Fazer jornalismo científico é para mim um desafio pessoal. Eu lembro que optei por esse curso num momento tenso da minha caminhada, quando já estava cheia de tédio por viver na mesma cidade há 24 anos. Enfim, colhi informações, optei por fazer e me mudei para Campinas. Quando fui aprovada fiquei por demais da conta feliz, mais embriagada pelo sucesso da empreitada que pelo próprio curso.

By the way as aulas começaram ano passado e confesso: tenho muito o que aprender. Sinto falta de aulas que discutam mais o meio ambiente e a sociedade, novos formatos de comunicação, novas formas de agir em prol do conhecimento científico. As aulas se resumem numa discussão que sempre verte para o lado pessoal, com cada qual querendo defender seu ponto de vista e acrescentar que é bom, niente.

As novas disciplinas parece boas, principalmente uma ministrada pela professora Graça Caldas, sobre assessoria de imprensa para órgãos científicos (interessantissimo para mim, que trabalho com isso). Tirando os trabalhos que temos que entregar até junho e um projeto de conclusão de curso, poderei me dedicar as leituras.

Mas falta, falta muito pra chegar a ter uma consciência de jornalista científica. Se não fosse meu atual emprego, onde trabalho diretamente com isso - assessoria de empresa farmacêutica - estaria bem mal na fita.

Preciso de leituras sobre o tema... Marcelo Leite será um bom começo.

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quarta-feira, 10 de março de 2010

Setlist pra correr? Vá de música eletrônica.

Groove Armada pra cabeça! Muuuito bom o setlist que montei pra correr. Escolhi algumas favoritas:
Groove Armada - Superstylin
Radiohead - Idioteque
Lo Fi FNK - Heartache e System feat. Maiden
Hundred Birds - Black water (clááássica dos tempo do D-edge em Big Field)


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sexta-feira, 5 de março de 2010

Em tópicos...

Vamos lá?

* Consegui o que mais queria há quase mês! Há uma frase do Natural Born Killers que resume minha emoção: "A moment of realization is worth a thousand prayers". Yeah!!!

* Corri 4km, fiz uma hora de malhação e fiz, pelas contas, 2 centenas de abdominais. To indo bem!

* Falei com a minha amiga Tars e Silvia (de Big Field). Ambas estão longe , mas só com suas palavrinhas já me dão outro ânimo. Saudade tbm do Vitinho, Raoni, Fez e Carol Caruso.

* O cd da semana de dividiu em alguns: Radiohead - Kid A (dica da Suene); New Young Pony Club - The Optimist e Fantastic Playroom (Luis Taylor,thanks for all); por fim Matt e Kim, by Pitchfork, a Bíblia indie. O mais tocado? Sem dúvida New Young...!

terça-feira, 2 de março de 2010

O retorno a vida saudável e ativa.

Sim sim, agora voltei a ser uma pessoa mais saudável. Tomei coragem e fiz a matrícula na academia próxima a minha casa. Cinco vezes por semana estarei diante da minha instrutora. Ela me garantiu que em três meses já verei os resultados. O programa consiste em corridas diárias de 40 minutos, aulas com aqueles aparelhos assustadores que parecem me devorar e a incrível aula de boxe duas vezes por semana(que não sei como será, mas ela me tranquilizou dizendo que a parte do aeróbico é fantástica... Sei).

Ainda não me adaptei aos horários. Chegar em casa depois de um dia todo de trabalho, tomar banho e encarar a malha pra sair de novo, confesso, é um ato de coragem pra mim, que me considero uma pessoa 50% preguiçosa. Mas quando você entra na academia se sente renovada, com aquele pessoal super de bem com a vida te desejando boas vindas com os olhos e o sorriso aberto. E então penso: onde estão essas pessoas felizes que não as vejo? Paro e reflito: concentre-se.

No meu mp3 o maior estímulo é o Kings of Leon, Charlotte, Bat for Lashes... Daí em diante só música mais deprezinha. Mudança urgente no som pode me ajudar porque aguentar aquelas mixórdias musicais que eles oferecem é um tormento. Consultarei o Rrraul e seus sets de tech-house e eletro. Sinto as dores das primeiras semanas... Elas virão com tudo. E a professora diz: tem que doer pra ficar legal!!! A vontade é dizer: tá maluca, né?! Mas ela tá certa, fisiologicamente.

Enfim... lá vou eu. Meta de 2010 a caminho de ser cumprida. Relatarei as evoluções ou eventual desistência.

Hasta.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Schopenhauer me orienta...

Alguns consideram Schopenhauer um filósofo negativista, com uma tendência a acreditar num mundo fadado a derrotas e decepções. Até mesmo Nietszche, que foi influenciado no ínicio pelo primeiro autor, rendeu suas críticas mais ferrenhas a filosofia que lhe inspirou. Schopenhauer é alemão e foi no século XIX que seus trabalhos passaram a ser conhecidos e capitulados como parte da corrente irracionalista.

Ao ler A Arte da Sabedoria, um daqueles livros que devemos ler ano a ano, a palavras deste autor me remeteram a filosofia budista. Ao buscar mais informações sobre sua obra, vi que o Budismo e o pensamento indiano foram parte constituinte da formação literária deste. Basicamente, A Arte... é dividida em sub-capítulos que se complementam, mas o que me chamou a atenção e que recomendo é a sessão de aforismos sobre temas que vão desde a amizade, trabalho, vida afetiva, filhos e comportamento social.

Schopenhauer nos mostra uma visão realista destas relações e estimula em cada conselho que o leitor tome consciência de si e de que sua vida transcorre em um mundo nada perfeito, com decepções e alegrias ocorrendo ao mesmo tempo e agora. Propus-me seguir as recomendações deste velho sábio e confesso que meu alívio foi imediato.

Livrar-se da culpa pelos erros e tropeços que temos na vida é bingo. Muitos alcançam este estado apenas na velhice, no auge dos 60 anos, quando nada mais é tão valioso e o que importa é somente então sobreviver a cada dia. Saber que nada será eterno é um ótimo começo para aceitar que as perdas vão ocorrer, mesmo que você faça tudo certo. É como a morte, por exemplo, que nos toma as pessoas queridas sem nos comunicar, impedindo uma despedida.

Outro conselho valioso deste autor diz respeito ao comportamento em sociedade. Tais recomendações como manter a polidez e não estimar em excesso qualquer ser humano que seja são, para mim, mais valiosos do que os mandamentos bíblicos. Sim, posso estar cometendo heresia, tamanha arrogância possa aparentar, mas se você pensou desta maneira, sinta-se ainda contaminado por um mundo representativo demais para a realidade.

Discordo das ideias sobre as mulheres, pois foram tecidas no século XIX, época em que nós éramos vistas apenas como damas de companhia e provedoras da vida. Isto não ocorre mais, portanto, meu amigo Schopenhauer, me vejo como um dos seus ouvintes, os sábios que lhe estimaram respeito nas universidades.

Falar sobre este autor requer mais posts. Com o tempo irei comentando sobre o que aprendo diariamente com ele.

P.S.: A Arte da Sabedoria, da Martins Fontes.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Jornalismo Científico, por Wilson Bueno.

Não tenho a prática de colocar textos de outros autores no meu blog, mas este aqui vale a pena. Ele servirá para lembrar todos os dias da função que exerce o jornalista científico. Em tempo, voltarei para as aulas no Labjor/Unicamp na próxima semana. Que eu mantenha a crítica adquirida após leituras como esta.

Relação entre jornalistas e cientistas
Jornalistas e pesquisadores: a parceria mais do que necessária


Wilson da Costa Bueno - jornalista, professor do programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da UMESP e de Jornalismo da ECA/USP, diretor da Comtexto Comunicação e Pesquisa.


A reunião da SBPC, que este ano se realizará em Manaus/AM (2009) contribuirá, novamente como ocorre todos os anos, para ampliar o debate sobre o papel da ciência e da tecnologia no mundo contemporâneo e para chamar a atenção ( o que nos diz diretamente respeito), sobre a importância da divulgação científica e do jornalismo científico em particular. Infelizmente, temos ainda um caminho imenso e árduo a trilhar por vários motivos, mesmo admitindo que a situação é hoje melhor do que a que vigorava há uma década ou mais.

Em primeiro lugar, a formação dos jornalistas e divulgadores ainda é deficiente, sobretudo porque a maioria dos cursos de Jornalismo não incorpora ao menos uma disciplina ou espaço regular para o estudo, a pesquisa e a reflexão que contemplem o processo de divulgação científica. Isso significa que, além da deficiência do ensino formal de ciências no Brasil (temos uma carência imensa de professores em Biologia, Química e Física, por exemplo), os futuros jornalistas, mesmo em universidades públicas, não dispõem de conteúdos e discussões em áreas fundamentais para a formação científica, como a Sociologia, a Filosofia e a História da Ciência. Isso quer dizer que encontrarão dificuldade para contextualizar os grandes temas científicos e, sobretudo, para enxergá-los a partir de uma perspectiva crítica.

Em segundo lugar, os nossos centros produtores de conhecimento e pesquisa (institutos e universidades), com raras exceções ( a Embrapa e a Fiocruz são certamente os melhores exemplos), exibem uma cultura de comunicação, ou seja não estão definitivamente comprometidos com a democratização do conhecimento e, portanto, não dispõem uma estrutura profissional em comunicação/jornalismo para compartilhar resultados de pesquisa e alimentar o debate sobre a ciência e a tecnologia e seu impacto na sociedade.

Em terceiro lugar, há um preconceito (que já foi maior, reconhecemos) da comunidade acadêmica e científica com o Jornalismo Científico em particular e com a divulgação científica de maneira geral. Muitos pesquisadores, diretores de Institutos e mesmo autoridades que avaliam os nossos programas de Pós-Graduação (inclusive os da área da Comunicação Social), julgam que a tarefa de prestar contas à sociedade não é necessário ou relevante e que, portanto, o trabalho de divulgar deve ser relegado a um segundo plano ou descartado, porque não conseguem enxergar além dos limites do cientificismo e da chamada produtividade científica.

Em geral, avaliam muito positivamente o pesquisador que publica um artigo numa revista Qualis A internacional, mas torcem o nariz quando se defrontam com um colega que contribui regularmente com um veículo de imprensa. Acreditam piamente que os livros técnico-científicos, a literatura especializada, têm valor e que os de divulgação científica, não. Não estão dispostos a dialogar com a sociedade e vêem a mídia como adversária, embora, em muitos casos, ela efetivamente tenha dado (e continua dando) razão a eles em virtude de um trabalho não competente de divulgação, marcado pela imprecisão no trato dos conceitos e por um sensacionalismo indevido. Não podemos, inclusive, deixar de mencionar o fato de que o próprio Comitê de Divulgação Científica do CNPq não incorpora um representante da área de Jornalismo Científico e que, mesmo nos altos escalões da ciência e da tecnologia brasileiras, se vislumbre o jornalismo científico com preconceito, ainda que o discurso oficial proclame o contrário.

Pesquisadores e jornalistas/divulgadores precisam estabelecer definitivamente uma relação de parceria porque ela é vital para a sociedade, porque pode contribuir para reduzir a exclusão social, promover a alfabetização científica e para incluir segmentos da sociedade no debate sobre a ciência e a tecnologia.

Numa sociedade democrática, não é razoável que a decisão sobre investimentos em ciência e tecnologia (investir em nanotecnologia, células-tronco, transgênicos, fármacos, biocombustível, por exemplo) exclua outros setores que não a comunidade científica, mesmo porque, num País onde o Estado, o Governo é o maior patrocinador da ciência e da tecnologia, somos todos nós, afinal de contas, que pagamos esta conta.

Estamos necessitando cada vez mais de divulgadores científicos, de jornalistas científicos, de pesquisadores e cientistas (como Marcelo Gleiser, Roberto Lent e muitos outros) que sigam o exemplo magnífico de José Reis, cientista de prestígio e que dedicou sua vida ao Jornalismo Científico, colaborando por mais de 50 anos regularmente com a Folha de S. Paulo (ah, que saudades da coluna Periscópio e de sua visão comprometida com a democratização do conhecimento). Precisamos formar jornalistas com o perfil de Marcelo Leite e Washington Novaes (para só citar dois casos) que se debruçam com competência sobre temas complexos e que (isso é essencial) os contemplem criticamente, identificando a verdadeira contribuição da ciência e da tecnologia e os interesses que delas se cercam para obtenção de vantagens para pessoas, empresas e governos (alguém duvida que interesses empresariais, políticos e militares contaminam recorrentemente a produção e a divulgação da ciência e da tecnologia?).

Precisamos de fontes dispostas e competentes para subsidiar o processo de divulgação científica e o Jornalismo Científico em particular e, em especial de fontes independentes (infelizmente, mas faz parte do negócio, há bocas alugadas de empresas , governos e grupos por aí, travestidas de cientistas e pesquisadores e isso ocorre em todo o mundo).

O que você imagina quando vê campanhas de propaganda de medicamentos exibidas na TV com a assinatura de sociedades científicas ou profissionais? O que você pode deduzir quando percebe cientistas e pesquisadores militando em favor de interesses empresariais ou sendo por eles cooptados em troca de prestígio ou grana mesmo? Você ainda acha que diretores de pesquisa e desenvolvimento de algumas corporações (da indústria do fumo, da saúde, agroquímica etc) são fontes isentas? Você acha que eles falam em nome da ciência ou apenas têm compromisso com a verdade e os lucros de seus patrões? Você ainda acredita na neutralidade da ciência e já se questionou a respeito dos interesses de quem financia ou patrocina a produção da ciência? Afinal de contas, você acredita que existe mesmo "almoço grátis"?

A parceria entre jornalistas/divulgadores e pesquisadores/cientistas é vital para a democracia. Para isso, precisamos estimular o diálogo, multiplicar as convivências como assistiremos certamente na próxima reunião da SBPC. Juntos, podemos construir uma sociedade melhor, mais justa, menos dependente dos monopólios (como o da mídia e das sementes!) , promover um debate diverso ( portanto não transgênico, não agrotóxico, não militarista, como propõem algumas empresas e governos, respaldados em lobbies ilegítimos que tentam impor de maneira predadora os seus interesses espúrios).

A ciência e a tecnologia são importantes, mas devem estar comprometidas com o interesse público e não podem, no processo de divulgação, ser falseadas, para atender objetivos que se situam em outras vertentes. Os jornalistas críticos e os pesquisadores/cientistas independentes precisam dar as mãos para enfrentar esses lobbies formidáveis que penalizam a sociedade em favor dos lucros das empresas e governos que os patrocinam.

Logo, algumas dicas úteis, para você que trabalha, prioritariamente, ou não com a divulgação de informações especializadas. Olho vivo com releases oriundos de determinadas organizações e, antes de divulgá-los, faça o caminho natural: veja quem está por trás deles, quem irá lucrar com a sua divulgação, "follow the money" (siga o dinheiro), como dizem os americanos (e eles entendem muito disso). Não seja seduzido pelo canto de sereia das novas tecnologias, mas a contemple criticamente. Busque cientistas independentes, antes de ser utilizado como "laranja" ou mula para determinados interesses. Confronte idéias,ouça o outro lado. Caso contrário, acabará acreditando que os transgênicos vão mesmo matar a fome do mundo, a indústria da saúde existe para salvar a vida dos cidadãos, os agrotóxicos são remedinho de planta (são veneno e dos bravos!) e é mesmo necessário invadir países a torto e a direito (sobretudo os que têm petróleo) para combater o terrorismo. Não acredite que, para parar de fumar, é preciso tomar remédio (caríssimo) promovido amplamente por uma indústria farmacêutica (mudar os seus hábitos, funciona muito mais!) e que a indústria de fast-food está interessada na alimentação saudável dos seus filhos. Não acredite que a auto-regulação seja a solução para coibir abusos na propaganda de bebidas, alimentos para crianças, medicamentos etc e que as restrições a essa propaganda tenham a ver mesmo com a afronta à liberdade de expressão (mas tem tudo a ver, pode acreditar, com os lucros de veículos, agências e anunciantes!).

O jornalista científico bem formado não tem pacto com a ingenuidade e não se deixa iludir com esse discurso manipulador que vigora por aí que proclama responsabilidade social (como faz a indústria tabagista que mata milhões em todo mundo) ou sustentabilidade (quem fabrica e vende veneno ou defende e pratica a monocultura, qualquer que ela seja, é sustentável de araque!). Investigue, busque fontes fidedignas, respeite os pesquisadores verdadeiramente independentes. Não acredite em quem está querendo apenas ganhar dinheiro com uma divulgação pretensamente científica e, necessariamente, não acredite em alguém apenas porque exibe o título de doutor ou titular de universidade alguma ou tem um generoso currículo Lattes. Há gente boa e gente mal intencionada em todos os lugares e produção grande não quer dizer produção comprometida com o interesse público. O importante será sempre separar o joio do trigo. Valorize apenas as fontes que não são bocas alugadas e desconfie daquelas que para salvar a própria pele (ganhar prestígio, dinheiro com palestras e consultorias) cerram fileiras em torno de grandes interesses políticos e empresariais.

O bom jornalista científico não é apenas aquele domina a técnica jornalística, mas o que principalmente quer e sabe enxergar além da notícia. Leia mais, pesquise mais, desconfie mais das fontes que empurram notícias para os jornalistas, mesmo na área de ciência e tecnologia. Cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém. Polemize, discuta, confronte fontes, denuncie tentativas de manipulação, desmascare quem está usando a ciência para vender produtos e processos. Lembre-se sempre: quando se poupa o lobo, coloca-se a vida da ovelha em risco.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Lo Fi Fnk - bem bom.

Mais um som diferente pra minha coleção: Lo Fi FNK.
Na verdade conheci essa dupla em London, só que passou e nem fui atrás do que eles produziram. Hoje me deparei com o álbum Boylife e to gostando muito. Pra quem gosta de eletrônica bacããna, essa é a dica!

No you tube rola o clip de Wake Up. Impossível não dançar!

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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Sobre perfumes e cheiros.

Eu tenho uma memória olfativa que funciona melhor do que a memória comum. Fato. Guardo na mente uma enciclopédia de cheiros que vivenciei. Na infância me recordo dos cheiros da boneca que brincava (mas essa é fácil, porque as bonecas cheiravam tutti-fruti), do cheiro de maracujá doce que o vozinho Jango trazia e do shampoo de melão. Lembro do perfume do padrinho Waldir, que até hoje faz com que eu e minha irmã tenhamos saudades dele.

Lembro do cheiro de plástico gasto das rodinhas dos patins, de uma tarde inteira sendo esmerilhado no asfalto. E também do cheiro do mertiolate nos machucados. Que dor! E o cheiro da chuva, que nunca saiu da memória. Percebe que esse cheiro de terra molhada antecede os pingos que chegam na gente? Cheiro de piscina e de Sundown!!! E tem também o perfume das flores das árvores em frente de casa. – Essa é a Magnólia, filha. Como poderia esquecer do cheiro dos bolinhos com goiabada! Chamava-os de flor do campo. Deliciosos!

O plástico era um cheiro bem presente na infância por conta dos brinquedos. O cheiro do quarto era de amaciante de roupas com aqueles remédios para pernilongo, um cheiro leve de queimado. Nossa, lembrei do dia em que coloquei fogo dentro do armário. Cheiro de fumaça pela casa inteira. Já na adolescência chegaram os perfumes. Um deles, aquele básico Ops, rosinha, é a cara dessa minha fase. Dia desses fui no Boticário e senti essa fragrância. Lembrei de tantos momentos bons: a primeira festa, o primeiro namoradinho, as fofoquinhas em cima da árvore, o retorno da escola com a turma.

Depois os cheiros de perfumes foram ficando mais chiques, conforme o que meus salários iam permitindo e os cheiros inesquecíveis passaram a ser das cidades que conheci. As cidades praianas com a maresia e os cheiros de mariscos (não curto). Os cheiros de sorvetes e pratos lindos nos restaurantes. O perfume inesquecível que sentia quando andava nas ruas de Londres (fiquei num apartamento bem próximo de uma perfumaria). Se sinto esse cheiro na rua, logo me lembro dos dias lá. O cheiro de chocolate quente daquele café charmosíssimo de Amsterdan. O cheiro do mato na fazenda do Le Caminha ou da padaria do pai do Henrique.

Não poderia esquecer dos pratos feitos pela mãezinha e paizinho. E algumas pessoas ficam marcadas em mim por conta dos seus perfumes. Dias desses encontrei um condicionar com o mesmo perfume que minha amiga Tarsilla usa. Também sinto a fragrância do Issey Miyake há milhas de distância, culpa do Leandro e do Juliano. E nunca vou esquecer o cheiro do incenso Nag Champa, o melhor do mundo.

Há muitos outros perfumes e cheiros que me remetem a milhares de lembranças, em sua maioria muito prazerosas. A saber: ontem comprei um body splash delicioso. Gabriel, culpa sua!

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

The penny has dropped to me.

Daí você acorda e pensa: puta que pariu, cresci e já sou adulta. Essa sensação tem um misto de segurança e insegurança absurdos. É o paradoxo do cotidiano. Eu sabia que esse momentinho bravo ia chegar logo, porque minha vida está levando rumos mais complexos. Na verdade não são rumos, são escolhas que tenho que fazer.

Desde decidir onde e com quem quero morar, com quem quero viver e se quero viver com alguém, se fico em Campinas ou se vou viver meu sonho de morar na praia por alguns meses. Se me mando para Londres numa viagem de volta ao lugar que amei assim que meus olhos bateram naquelas ruas. Se retomo a estrada de Campo Grande e fico perto da família.

Se presto concurso público ou continuo trabalhando como prestadora de serviço. Se faço um mestrado com ênfase em sustentabilidade ou se me engajo na assessoria política, que, como todos sabem, remunera muito bem e este é ano de eleição. Se mudo de profissão e viro uma yogue que lê I Ching para as clientes madames.

Se continuo meio loira, meio castanha, ou fico totalmente loira. Se volto a praticar meu budismo ou se volto para uma academia. De qualquer forma ambos serviriam para canalizar minhas energias para fins que me beneficiam. Se faço novas amizades ou se cuido melhor das que tenho, porque verdade seja dita: tenho verdadeiro talento para magoar as pessoas que amo.

Se passo a ter uma vida menos agitada, mas com mais qualidade. Mas aí vem minha mãe e diz: qualidade de vida você pode ter aos 40, portanto, aproveite o máximo da sua juventude. Rsrs Te amo, mãezinha. Se passo a ter uma postura mais firme diante dos percalços ou se levo tudo com suavidade. Se reclamo pelos meus direitos ou se ajudo os outros a conquistarem seus direitos mínimos.

De qualquer forma, as decisões estão na minha frente, algumas até me encobrindo, sombreando as coisas que eu podia até então levar na indecisão. Que saco essa fase. Que tédio. Por mim tirava todas as decisões na moedinha, assim no cara e coroa. Ou então por sorteio. Só que aí, mais uma vez, não tomarei decisões, só acatarei. Que diabo aconteceu para que eu me tornasse esse poço de indecisão? Talvez eu nunca tenha definido posições, só me deixei guiar pela curiosidade.

Epa, epa... penso que encontrei uma solução. A minha curiosidade e intuição podem me ajudar e muito. Caracas... É sempre bom escrever. No fim desse pequeno texto vejo que encontrei uma pequena solução, que pode se multiplicar.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Pausa para as gírias da Katylene.

Eu amo a cultura pop-escracho que tenho acesso pelo Twitter. Um link merece ficar aqui pra sempre: trata-se das gírias da minha, da nossa DHIVA, Katylene! A mulher, ops, a beee que transformou o jeito de se escrever na internet. Acompanhe a dimensão da criatividade da pessoa. Vem comeeego:

http://outed.site.br.com/blog/?p=488

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Continuidade dos pensamentos...

Algumas atualizações que quero fazer:

- descrobri (que tardia!) uma nova cantora para a seleção que me apetece demais, as vozes doces com letras sombrias. Charlotte Gainsbourg é incrível. Ela já tem dois cds, sendo que o mais recente, IRM, lançado en janeiro deste ano, tem a direção do Beck.

- a sincronicidade continua agindo na minha vida, de maneira óbvia e tão clara que não há como ignorar.

- Caetano virou um pequeno vício.


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quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Luana, essa o Caetano, sem querer, fez para mim

Patrícia

Caetano Veloso

Quero, quero ser chamada de querida
Quero, quero esquecer o dissabor
Sonho, sonho com as venturas desta vida
Sonho, sonho com as delícias do amor

Falam que eu sou bela Patrícia
Sempre a despertar loucas paixões
Dizem que meus olhos quando olham têm também malícia
Que com meu sorriso provocante eu seduzo os
corações

Mas bem sei que sou triste Patrícia
Com a alma cheia de amargor
Pois ainda estou a esperar de alguém, sincero amor


.bejomeliga

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Democracia virtual com efeitos reais.

Lutar pelos direitos e ter acesso a democracia. Certo... Você se sente uma pessoa próxima da democracia de hoje, essa que a gente vê nos jornais, nas campanhas e propagandas? Quase 90% de chance em dizer Não. A democracia demagoga que nos impõe goela a baixo nada mais é do que uma forma totalitária de controlar o poder, substituindo nosso direito de criticar por "representantes do povo" - políticos - que pouco sabem sobre as comunidades que saem por aí dizendo que defendem.

O Brasil, acredito eu e muitos especialistas da comunicação, pode e tem talento para modificar isso de uma forma muito mais eficiente: com a internet. Somos o povo que mais acessa as redes sociais (Facebook, Orkut, Twitter), a segunda língua mais falada nestes canais e temos um gosto impressionante pela internet. Acho que é a partir daí que podemos dar início a um planejamento mais ousado. Que tal usar estes canais para fazer denúncia, para cobrar reformas, leis, divulgar sugestões criativas para educação, cultura, arte, enfim... Falar e ser ouvido, sem intermédio.

Mas primeiro é preciso que levemos à sério esta empreitada. Cabe a mim, a você que acessa esse blog, ao novos formadores de opinião e formandos, viabilizar e tornar sonora a democracia digital. O mundo 2.0 pede a independência de conteúdos, aproxima as pessoas, cria o tempo todo soluções e problemas também.

Essa reflexão eu tive após ler uma reportagem muito interessante no exemplar de janeiro do jornal Le Diplomatique Brasil, do Le Monde em parceria com o Instituto Polis. Já havia refletido sobre isso também ao escrever um artigo para o Labjor, sobre o mesmo tema, mas meu foco eram os atores dessas iniciativas (portais de Ongs, por exemplo).

Para quem quiser ler, aí vai o link em PDF.

http://issuu.com/rodhigos/docs/08-09_democracia__inova__o_e_cultura_digital_ed30

Eu não tive a intenção de expor um tema tão denso como esse, foi mais para dividir esse conteúdo que li mesmo. Primeiro passo da real democracia neste blog: conteúdos inteligentes divididos com a comunidade digital.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Quando o erro vira acerto e além.

Meses atrás acompanhei um Café Filosófico na Tv Cultura que falava sobre a tecnologia e nós, humanos. O convidado era o engenheiro Silvio Meira, com o tema "O que pode a Tecnologia". Algo que ele disse não saiu da minha cabeça. Por natureza tendemos a pensar que a tecnologia, o computador e até mesmo o celular, devem funcionar perfeitamente, sem nunca dar "pau". Por isso nossa frustração quando o notebook trava ou leitor do celular some. Daí por diante os aparelhos high techs vão diversificando suas maneiras de dar defeito.

Também acontece com os sites. Você clica lá pra entrar no seu email, digita a senha correta e ele... Não responde. Aí você faz o óbvio. Clica enter de novo. E o email abre. Quantas vezes a gente faz isso por dia? É quase automático!

Mas por que falar disso agora? Porque eu sou adepta a sincronicidade, lembram? E hoje, pensei numa revista que lia muito, a Meio e Mensagem. Fui atrás do site deles e me deparei com um infográfico bem legal. Num dos desenhos interativos há o seguinte conteúdo: A WEB É BETA - NADA ESTARÁ PRONTO. É simplesmente o tema do Café (que eu sempre lembro)!

No mundo digital, explica a mini matéria, nada está pronto e tudo evolui constantemente. Essa ideia de que tudo deve estar devidamente pronto, com começo, meio e fim, foi ultrapssada pela realidade digital. Na internet as coisas estão em fase de teste sempre. Olha seu Orkut, seu Gmail: tem láá do lado da logo a palavra beta. Veja que frase demais: os negócios digitais são imperfeitos por definição.

E quem pode com uma coisa dessa, fadada a reformulação eterna? Quem tem agilidade acertiva. What tha fuck is this? Também não sei. Quando descobrir continuo esse assunto.

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quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Califórnia será, de novo, o paraíso musical.

As boas notícias que chegam. Sempre entro na internet e acesso basicamente o Uol e o Estadão online. Duas boas fontes de informação que me deram uma grata surpresa hoje. A cantora brasileira Céu (na minha opinião, a mais criativa do cenário atual) vai se apresentar em abril no festival Coachella, um dos melhores circuitos musicais internacionais e que rola adivinha onde? Califórnia... Divino, né?!

E olha que pra gente do Brasil ir até lá não está caro. Quem tiver disposição de enfrentar três dias de curtição, atente a este preço camarada, divulgado pelo O Globo: aproximadamente 500 reais.

Não é caro para um evento deste porte, com mais de 100 bandas, entre elas as queridinhas como Phoenix, MGMT, The XX, Thom Yorke, Ra Ra Riot, Gossip, Faith No More, Vampire Weekend, JULIAN CASABLANCAS, Sly and Family Stone, Lcd Soundsystem, Yo La Tengo, Pavement, Muse... nossa, a lista é por demais apetitosa. Se ficar na curiosidade dá uma olhada nesse link que tem o nome de todo mundo que vai causar nesse lugar.

http://www.territorioeldorado.limao.com.br/musica/mus31221.shtm

Senti falta do Yeah Yeah Yeahs, mas eles devem estar em turnê por conta do cd It's Blitz, que é arrebatador. Fiquei tao feliz ontem por ver que o meu ídolo Felipe Andreoli twittou que amou as canções Histeric e Zero, minhas preferidas! Lamento ainda pela ausência da nova banda Discovery, Bat for Lashes, Peaches e Ida Maria.

Pensativa e organizando as economias para tentar...

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

A Pauta: visita do Presidente

A adrenalina de cobrir visita de presidente! Tem jornalista que faz isso todo dia: segue o presidente onde ele tiver - Brasília, Paris, Sudão e Pernambuco; nem todos tem essa oportunidade e a grande maioria dos reporteres já fez isso alguma vez na vida. O corre-corre em volta é que recebe mais minha atenção. Antes eu cobri o Lula como imprensa: credenciamento de equipe dois dias antes, check list em todo mundo, releases que recebíamos do Planalto e orientações.

Dessa vez estou do outro lado, mas já quero adiantar que na hora da coletiva e do siga aquele presidente eu to no meio da muvuca! Deste outro lado a gente tem que ligar para os jornalistas, informar sobre o credenciamento e esperar o evento chegar. Ficamos também por dentro das medidas de segurança (você sabia que para o avião do presidas descer o céu na área de pouso fica bloqueado?).

Não sou petista nem tão fã assim do Lula, mas é uma emoção ficar perto do cara. Vão ter outras personalidades na pauta: José Serra, ministro José Temporão (Saúde) e o ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende. Enfim, tudo que um jornalista gosta: correria, gente (realmente) importante e visibilidade nacional.

Licença que vou me credenciar "oficialmente".

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Sad sad songs

Às músicas tristes eu devo meu louvor. Eu tenho fascinação pelas cantoras que são chegadas numa deprêzinha - um calmante aqui, um fora do gato, um wiskynho ali e tudo vira dor! Não muito as cantoras nacionais, como Marisa Monte e suas seguidoras, mas Cat Power, Fiona Apple, Bjork e Natasha Khan (Bat For Lashes - sim, estou viciada). Essas que citei tem a voz num tom mais grave que outras cantoras e isso dá todo um charme nas canções. Some isso às suas músicas e letras mais escuras, sombrias.

Essa é a grande diversão quando ouço as canções delas: eu mergulho num universo escurecido, mas que permite uma reflexão muito maior do que vivo. Em comum, todas essas moças são habilidosas e lidam com a música desde cedo, ainda jovens. Algumas, como a Fiona Apple, tiveram experiências desagradáveis na vida pessoal. Acabou que isso influenciou o trabalho delas...

Músicas alegrinhas são ótimas, todavia não abro mão de uma deprê bem feita. Devem ter outras tantas cantoras nesse estilo que eu ainda não conheço. A Tori Amos eu não suporto... Sem chance. Amy, você me cansa...

Vou ali me deprimir um pouco, gente.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

O meu tempo pára.

Meus relógios pararam no domingo. O de parede (por falta de pilha) e o do celular (não entendi até agora). Isso também ocorreu no dia 31/12/09, com o relógio de pulso. Que raio de coisa isso pode significar, além da falta de pilhas e baterias? Acho que nada.

Ludicamente eu posso me gabar dizendo que o tempo pra mim parou. Ou levar como um aviso: não perca tempo... Rsrs Divertido imaginar essas possibilidades.

*Bat For Lashes no Brasil!

Foi a melhor (e a pior) notícia que li hoje. A banda mais mais, liderada por Natasha Khan, uma inglesa muito talentosa, vem ao Brasil para a abertura dos shows do Coldplay (bad-sad news). Atenção: Bat for Lashes é uma banda com som intimista, dark, um pouco de sofrimento e escuridão na harmonia. Isso num lugar como o Morumbi desaparece! Some isso a um show que acontece numa terça-feira. É, realmente só pra quem gosta mesmo... Já sei que dificilmente terei companhia pra essa entoada.


Termino esse post com a música Daniel vagando nos meus pensamentos.

Blog das amégas!

Quem tiver afim de ver, vale a pena.

http://correspondenciaportatil.blogspot.com/

By Suene Honorato e Tarsilla Couto.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Positivismo, fique a vontade.

Há algum tempo atrás li na Superinteressante uma reportagem sobre o pensamento positivo. Naquela época a informação passou batida e só. Agora, quase um ano depois, me vejo praticando diariamente essa forma de pensar nas coisas, pessoas e atitudes. E posso dizer que funciona. Muito! Desde coisinhas chatas como aquele boleto de aluguel que pensei: putz! Vai vir ainda mais caro, por conta do IPTU. Pois bem: havia um desconto a ser feito, mas estava programado pra fevereiro. Resolveram adiantar e eu estou com uma conta 40% mais barata. Não me venham com provas, não ligo pra elas, okay?!


Outra coisa: já ia me estressar por conta de outro movimento bancário. Pensei: pra quê armar confusão? Enfim, eu sei que o dinheiro vai cair. Pra quê causar no ouvido de quem vai me pagar? Sem chance... Isso pra ficar só nas coisas materiais. Com as pessoas os resultados devem ser ainda melhores.


Longe daquelas fórmulas descritas em livros de auto-ajuda, esse pensamento que promove o bem - simples assim - pode ajudar muito. E que me desculpem os cientistas céticos com suas evidências pra tudo, mas negar o poder da mente, palavra e atitude é uma bobagem danada!


Algumas amigas me agradeceram por minha postura: endorfina, serotonina, dopamina e noradrenalina.

Meninas, nos amamos, não é?!


Otimismo ativa a criatividade...