Contando horas que se arrastam. Esses dias de novembro
que insistem em durar mais do que o Papa Gregório propôs para lá de 1500: 30
dias. Algo de pesado recai sobre todos, porque a ladainha é a mesma, quase que
num tom uníssono: mês que não passa. Acordamos, recomeçamos o dia com a
sensação de que vai ser diferente, só que nenhuma mudança se apresentou.
Continuamos trabalhando para a realização do sonho de outra pessoa, reprimindo
cada suspiro de independência que se apresente. Não dá mais tempo. Esse ano já
está no fim.
E muitas outras desculpas se sucederão mentalmente até que este ano conclua seu dever de existir.