terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

The penny has dropped to me.

Daí você acorda e pensa: puta que pariu, cresci e já sou adulta. Essa sensação tem um misto de segurança e insegurança absurdos. É o paradoxo do cotidiano. Eu sabia que esse momentinho bravo ia chegar logo, porque minha vida está levando rumos mais complexos. Na verdade não são rumos, são escolhas que tenho que fazer.

Desde decidir onde e com quem quero morar, com quem quero viver e se quero viver com alguém, se fico em Campinas ou se vou viver meu sonho de morar na praia por alguns meses. Se me mando para Londres numa viagem de volta ao lugar que amei assim que meus olhos bateram naquelas ruas. Se retomo a estrada de Campo Grande e fico perto da família.

Se presto concurso público ou continuo trabalhando como prestadora de serviço. Se faço um mestrado com ênfase em sustentabilidade ou se me engajo na assessoria política, que, como todos sabem, remunera muito bem e este é ano de eleição. Se mudo de profissão e viro uma yogue que lê I Ching para as clientes madames.

Se continuo meio loira, meio castanha, ou fico totalmente loira. Se volto a praticar meu budismo ou se volto para uma academia. De qualquer forma ambos serviriam para canalizar minhas energias para fins que me beneficiam. Se faço novas amizades ou se cuido melhor das que tenho, porque verdade seja dita: tenho verdadeiro talento para magoar as pessoas que amo.

Se passo a ter uma vida menos agitada, mas com mais qualidade. Mas aí vem minha mãe e diz: qualidade de vida você pode ter aos 40, portanto, aproveite o máximo da sua juventude. Rsrs Te amo, mãezinha. Se passo a ter uma postura mais firme diante dos percalços ou se levo tudo com suavidade. Se reclamo pelos meus direitos ou se ajudo os outros a conquistarem seus direitos mínimos.

De qualquer forma, as decisões estão na minha frente, algumas até me encobrindo, sombreando as coisas que eu podia até então levar na indecisão. Que saco essa fase. Que tédio. Por mim tirava todas as decisões na moedinha, assim no cara e coroa. Ou então por sorteio. Só que aí, mais uma vez, não tomarei decisões, só acatarei. Que diabo aconteceu para que eu me tornasse esse poço de indecisão? Talvez eu nunca tenha definido posições, só me deixei guiar pela curiosidade.

Epa, epa... penso que encontrei uma solução. A minha curiosidade e intuição podem me ajudar e muito. Caracas... É sempre bom escrever. No fim desse pequeno texto vejo que encontrei uma pequena solução, que pode se multiplicar.

Um comentário:

  1. "porque verdade seja dita: tenho verdadeiro talento para magoar as pessoas que amo. "

    Ahhh,mentira,não é assim,é só você não falar que meus versos são "recalcadinhos" iguais as gírias da Katylene...MUAH!

    Ah,e nada de ir pra Campo Grande,quero você aqui!

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